sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Análise de Filme - Tudo em Família


Os acontecimentos que marcam o filme são o que modelam a estrutura da família, sendo ela com recursos emocionais limitados e com projeções de necessidades umas nas outras; A mãe é super protetora e tem uma preocupação exagerada principalmente com um dos filhos, mostrando que ainda esta em um estágio onde não consegue largá-los e deixá-los seguirem em frente assumindo as próprias vidas. Por outro lado, Bowen diz que os filhos desenvolvem características de personalidade com base em sua posição na família, logo, vemos que o rapaz queria casar o mais rápido possível, para suprir uma necessidade de desejo consciente latente de sua progenitora ansiosa que não aceitava seus comportamentos e assim, finalmente enxergar que o filho cresceu. Sua mãe fazia isto, por que as pessoas com recursos emocionais limitados costumam projetar todas as necessidades uma na outra e o problema é que, quanto mais a mãe focaliza sua ansiedade em um filho, mais o funcionamento desse filho é tolhido e/ou vedado.
Apesar de haver conflitos, confusões e ataques físicos entre os irmãos (homens), não há uma estratégia para assegurar um lugar na família, bem como há união em prol do irmão com deficiência e orientação sexual diferente dos demais. Por outro lado, a irmão, talvez por – parece – ser a mais nova, esteja tentando assegurar uma posição dentro deste contexto o qual estão passando.
O pai esta distante desta família boa parte da história mostrando que valoriza a individualidade e considera um sinal de crescimento separar-se dos filhos, ou, gostaria de ser mais próximo da família, mas acha a vista tão dolorosa que mantêm distância para se proteger de desapontamentos e mágoas.
No final, a morte da mãe – apesar de não detalhada – transmite a onda de choque emocional por toda a família, o que pode ter aberto linhas de comunicação entre todos, ou essa questão pode, ter sido enterrada, e assim os membros da família se desligariam progressivamente – mas infelizmente isto não é mostrado.

domingo, 15 de agosto de 2010

Reflexões sobre a formação do psicólogo escolar


O ensino apresentado na graduação de Psicologia proporciona conhecimentos totais da psicologia, inserida no âmbito social, econômico e político, de forma a elevar a prática clínica, tendo vista hoje nas escolas como “mito” em que se passa como “solucionadora de problemas”; é evidente sua importância e compromisso ético, visando aqui o psicólogo como um agente social ativo, discutindo e redefinindo seu papel, em suma, há um paradoxo na formação de psicólogos, o que fazer quanto psicólogo escolar, suas contribuições a este ajustamento de conhecimento entre a teoria e a prática, sua busca do ensino comprometido com a realidade social metafísica e seus ajustes quanto à melhoria da formação e da prática escolar. Logo, em que consiste este trabalho prático do psicólogo na educação?

É visto que o Psicólogo busca contribuir para um ajustamento global da criança procurando encontrar soluções adequadas para as variedade de situações ou dificuldades apresentadas pelos alunos através de diagnóstico, orientação e encaminhamento dos casos, todavia, sua atuação se desenvolve prioritariamente com os professores, de modo a contribuir para que estes estejam cada vez mais fortificados e instrumentalizados para uma atuação de qualidade quando provedores do conhecimento em salas de aulas. Porém, aonde começa esta formação e capacitação profissional? Já que os números nos mostram grandes dificuldades quanto à formação, identidade e conquista do mercado de trabalho e psicologia escolar, ou ainda, o curso tem dedicado com obrigação a atenção e formação de psicólogos para motivá-los e prepará-los para que, estes, estabeleçam um limite na psicologia clínica em seu sentido mais restrito?

Contudo a articulação em meio a análises de relações entre a escola e a formação e prática do psicólogo são complexos que transcendem o âmbito da psicologia, passando pelos condicionamentos políticos e econômicos da estrutura social pela finalidade da educação, tendo em vista que é preciso redimensionar o currículo de graduação, proporcionando de fato um conhecimento amplo devidamente inserido no contexto social, econômico e político elevando o nível de ensino aprendizagem para que estes desenvolvam uma consciência crítica acerca da importância do papel do psicólogo e de suas responsabilidades dentro do processo de formações de indivíduos na escola.


O pensamento é o ensaio da ação

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