
Após assistir o filme, observamos que nos, homens, não temos livre arbítrio, somos controlados pelo meio. O que escolhemos, e o que faz pensar que temos o livre arbítrio é sempre a partir da nossa condição. Aceitamos sempre a realidade que do mundo que nos é mostrada; e isto vê com total clareza no filme, onde o personagem principal acredita em tudo o que esta a sua volta - sua esposa, sua mãe, seu pai, seus amigos, seu trabalho. Mas um dia ele acabou percebendo que aquilo parecia estar estranho, pois todos tinham a mesma rotina, todos faziam as mesmas coisas todos os dias.
E o que prendia ele naquele lugar? Era a punição; a punição o controlava, pois só havia um jeito de sair do estúdio, e era pela água – o estúdio era uma ilha – mas quando o personagem era uma criança ele sofreu um grande trauma com a água, que foi ver seu pai morrer afogado, e fez com que ele sempre se afasta da água, então desta forma vemos que o medo o prendia.
Este filme é a analogia perfeita com Skinner.
[...] Contudo, é importante observar que o cliente/paciente será capaz de falar somente sobre aquilo que aprendeu a sentir e a descrever, aprendizado este que ocorreu através de contingências organizadas pela comunidade em que ele está inserido. Em poucas palavras, discriminar e relatar aquilo que se sente são comportamentos aprendidos na vida em sociedade. (SKINNER, 1953/2003; SKINNER, 1974/1995).
Sua personalidade foi modelada através de estímulos e reforços que eram emitidos pela “sociedade” que o controlava. Quando o medo acabou, e, finalmente ele pode sair do estúdio, temos a certeza da libertação do homem de sua prisão sem paredes chamada ROTINA.