
Os acontecimentos que marcam o filme são o que modelam a estrutura da família, sendo ela com recursos emocionais limitados e com projeções de necessidades umas nas outras; A mãe é super protetora e tem uma preocupação exagerada principalmente com um dos filhos, mostrando que ainda esta em um estágio onde não consegue largá-los e deixá-los seguirem em frente assumindo as próprias vidas. Por outro lado, Bowen diz que os filhos desenvolvem características de personalidade com base em sua posição na família, logo, vemos que o rapaz queria casar o mais rápido possível, para suprir uma necessidade de desejo consciente latente de sua progenitora ansiosa que não aceitava seus comportamentos e assim, finalmente enxergar que o filho cresceu. Sua mãe fazia isto, por que as pessoas com recursos emocionais limitados costumam projetar todas as necessidades uma na outra e o problema é que, quanto mais a mãe focaliza sua ansiedade em um filho, mais o funcionamento desse filho é tolhido e/ou vedado.
Apesar de haver conflitos, confusões e ataques físicos entre os irmãos (homens), não há uma estratégia para assegurar um lugar na família, bem como há união em prol do irmão com deficiência e orientação sexual diferente dos demais. Por outro lado, a irmão, talvez por – parece – ser a mais nova, esteja tentando assegurar uma posição dentro deste contexto o qual estão passando.
O pai esta distante desta família boa parte da história mostrando que valoriza a individualidade e considera um sinal de crescimento separar-se dos filhos, ou, gostaria de ser mais próximo da família, mas acha a vista tão dolorosa que mantêm distância para se proteger de desapontamentos e mágoas.
No final, a morte da mãe – apesar de não detalhada – transmite a onda de choque emocional por toda a família, o que pode ter aberto linhas de comunicação entre todos, ou essa questão pode, ter sido enterrada, e assim os membros da família se desligariam progressivamente – mas infelizmente isto não é mostrado.